sexta-feira, outubro 26

Provérbios de um discípulo /// 81

A intimidade com Deus produz uma vida, que libera uma obra. A obra não é capaz de produzir intimidade, consequementemente todas as demais coisas tornam-se "religião" rito.

Deus não quer nossa "obra", Ele quer nossa intimidade, só assim realizaremos a obra eficazmente. João 5:19-20 /// João 15:4

A Palavra “Ide...” na verdade o original grego (poreuténtes) não é um imperativo, e sim um Particípio Aoristo Passivo, que literalmente quer dizer: “indo...”.
Aoristo é um tempo verbal que significa sem limite, indeterminado, indefinido, ele indica a ação de um verbo ou acontecimento sem definir absolutamente seu tempo de duração. Um particípio expressa ao mesmo tempo ação, estado e qualidade (...)
portanto o "ide" é a revelação de algo que está na essência daquele que está indo.
Ao mesmo tempo que ele aje, ele está revelando o seu estado, e a qualidade daquilo que carrega em si mesmo. Por isso não pode existir divorcio entre a vida e obra, elas são a mesma coisa. A obra é a revelação da vida, fora deste contexto nem sempre a obra em si mesma pode gerar vida.

O "ide" em si mesmo é fazer algo.
O "indo" é viver, é ir por ter algo a revelar...


A urgência do "ide" não é obra em si, mas encontrar "trabalhadores", não é o que tem que ser feito, mas como será feito. Jesus não pediu para que fossémos, pediu para que rogássemos por trabalhadores ao Senhor da seara.

Não é o homem que realiza a obra, e sim o caráter de Cristo no homem. Por isso, os trabalhadores verdadeiros precisam sair da intimidade de Deus.

O Ide não é uma obra do corpo, é a reação do coração amado, reconstruído, enviado e governado pelo Senhor da seara.
O Ide é a conclusão de um processo no qual Jesus reconhece seus discípulos como homens habilitados através da Vida que foi transferida a eles, o ide não está no primeiro capítulo do livro de Mateus, está no último.

Como chamar de cristã a vida que não revela Cristo?
Só podemos reconhecer como cristã a pessoa que se propõe à vida e a missão de Jesus, fora desta realidade não existe vida cristã. Ou podemos hilariamente reconhecer a definição de "cristãos não praticantes", desde que encontremos um "cristo não praticante".

Se existe cristão não praticante, existe cristo sem cruz, sem amor, e sem missão, pois o aluno imita o mestre.

Se existe cristão não praticante, existe cristo sem cruz.

Quando nos permitimos ao amadurecimento, não teremos mais um caráter melindroso, saberemos que a fé cristã tem duas faces: Intimidade e guerra.

Não existe outra opção para a vida cristã: ou ela é a reveladora de Jesus, ou é apenas "vida". Reconhece-se a vida cristã onde existe o caráter de Cristo em missão.

Se a obra cristã pudesse ser divorciada de uma "Vida", qualquer homem seria habilitado a tal missão, mas de fato não existe obra cristã, a vida cristã é a obra. Por isso os trabalhadores são poucos.
Ser um trabalhador é ser habilitado para uma função, é ter uma "formação" especifica, é ser avaliado de acordo com o padrão esperado, é frutificar de acordo com um propósito.

::: Anderson

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