quinta-feira, março 22

[ CASAMENTO ] A importância do romantismo, e da paixão.




Deus fez-nos para ter laços emocionais uns com os outros, mas é curioso notar que algo que sabemos ser importante pode tornar-se difícil de compreender.
     Salomão escreve sobre o amor : "...Suas brasas são fogo ardente..." (Ct 8.6). O amor é chama. É intenso, agradável. O Cântico dos cânticos tem o brilho do amor e da paixão conjugais, e sua mensagem é tão divinamente inspirada quanto a de João 3.16.
     Não acredito que a perda da paixão entre os Cristãos seja a causa do divórcio, mas acho que, se marido e mulher não viverem entre si o "fogo ardente" - segundo a mensagem de Cântico dos Cânticos, essa paixão intensa e ardente que Deus planejou para nós e recomendou que vivêssemos - começarão a sentir falta dele e, por fim, o buscarão em outros lugares ou preencherão o vazio com substitutos prejudiciais, como a pornografia, o excesso de comida, o álcool, e o desejo incontrolável por coisas materiais e outros vícios.

     Oswald Chambers, falando de romantismo e paixão, disse: "A natureza humana saudável exige empolgação. Se não obtém essa emoção palpitante de forma correta, vai procurá-la do jeito errado. Deus nunca criou nenhum estóico sem sangue nas veias. Ele criou santos apaixonados". 
     Gosto disso. Deus não cria estóicos sem sangue nas veias. As pessoas de nossa congregação não são insensíveis e indiferentes. Precisamos aceitar com alegria a paixão de todos nós e estimular sua expressão correta no matrimônio.
     Infelizmente nas congregações de hoje há muitas pessoas que fazem concessões morais envolvendo adultérios ou casos mentais - ligações emocionais ilícitas iniciadas a distância num bate papo na internet, pela pornografia ou assistindo a shows ou filmes devassos. 
Nós, pastores, que instruímos o rebanho, temos de nos perguntar: "Por que os cristãos estão sendo tragados para o centro do redemoinho do mal?".
     A resposta a essa pergunta não esgota a questão, mas creio que a carência de paixão no casamento cria um ambiente em que os cônjuges são facilmente tentados pelos desejos normais que acabam sendo poluídos pelo pecado. Vou dar o meu exemplo. Bárbara Rainey é a grande razão pela qual, nas minhas viagens de negócios, posso retornar exausto ao quarto de hotel, pegar o controle remoto, começar a zapear e, ao deparar com um programa impróprio, simplesmente mudar de canal ou desligar a televisão. Já passamos por muitas experiências em nosso casamento - picos, vales e planícies. Eu amo essa mulher! Nosso romance hoje é muito melhor do que quando éramos recém-casados. Por que eu trocaria um relacionamento real com uma pessoa real, com paixão e apoio reais, por alguns minutos de falsa intimidade trazidos até mim por uma tela de televisão inerte?
     A melhor maneira de começar a compreender o romance no matrimônio está em Cântico dos Cânticos. Haja vista as múltiplas perversões sexuais em nossa sociedade e a perícia dos publicitários para vender qualquer coisa, de sapatos a ameixa, apelando ao desejo sexual, creio que é hora de ouvir de Deus sobre algo que ele criou. 
Howard Hendricks, um dos meus professores do seminário, disse certa vez o seguinte sobre o sexo: "Não devemos ter vergonha de discutir aquilo que Deus não teve vergonha de criar".


Dennis Rainey



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